O relacionamento acabou, mas ela não terminou comigo

Terminar um relacionamento nunca é fácil, é como chegar no final de um livro que poderia ter uma continuação maravilhosa, mas não tem.

Era uma manhã de sábado. Acordei cedo, diferentemente do que normalmente acontecia para um sábado. Aproveitei para levar meu telefone para a assistência técnica. Havia algumas semanas que estava com um mau contato chato. Não sei por que diabos ao chegar lá dei de cara com a loja fechada. Vacilo! Jurava que abriria sábado. Faltou conferir o horário de atendimento da loja.

Perdi minha viagem? Melhor não… vou dar uma passada naquela avenida que é cheio de peças de carro e ver se conserto a alavanca do banco que tinha estragado. Não estava dando pra regular a altura! Algumas coisas em minha vida realmente pareciam não funcionar.

Sintonizei uma música tranquila e partiu curtir o sabadão ao volante! Quando passei pela praça principal, lembrei que meu amigo Breno tinha acabado de se mudar para algum lugar ali perto. Vou ligar! Encostei o carro e escutei do outro lado da linha!

– Alô?!
– Faaaala, meu brother! Tudo na paz?
– Ô gente boa! Estou tranquilo e você!
– Sempre bem! Sabe como é, né!? Cara, estou passando por aqui perto da praça. Você está morando por aqui, não está? Tenho que conhecer a nova morada, pô!
– Não é perto, é na praça mesmo! Número 87, apartamento 701. Sobe aí!!

Havia tanto tempo que eu não encontrava com meu parceiro, que quis fazer uma surpresa. Comprei uma caixa com 6 longnecks e quando ele abriu a porta já o cumprimentei mostrando a cerveja logo de manhã com um largo sorriso de bom dia! A gente era brother mesmo!

Papo vai, papo vem… afinei o violão, que parecia que estava encostado há algum tempo, e fomos relembrando as músicas que sempre tocávamos enquanto a conversa ia ficando em dia, nem dei notícia das 20 vezes que, naquela altura do campeonato, Laís havia me ligado! Era minha namorada de poucos meses.

Já quase na hora do almoço, quando a cerveja acabou, fui para a sala e vi meu celular piscando. Havia largado ele no silencioso na mesinha logo na entrada. Quando olhei as chamadas não atendidas, quase caí pra trás! 48 chamadas não atendidas. Afff… iria ser mais um dia daqueles!
smartphone
A difícil saída mais fácil da vida!

Assim que pensei em retornar as ligações, o telefone começou a tocar pela 49ª vez. Quer tentar adivinhar quem era? Olhei para o Breno com aquele sorriso de quem já não tem solução para a situação e atendi como nada tivesse acontecido para tentar contornar (mais uma vez) aquele tipo de situação:

– Fala gatinha!

Uma gritaria devastadora do outro lado da linha tomou conta do meu falante:

– Onde você está? Você sabe há quanto tempo estou te ligando?? Blá blá blá…

Até afastei o rosto do telefone e ri de novo para o Breno apontando para o telefone dizendo em mímica:

– Não aguento mais, cara!! kkkk

Voltei ao telefone e quando ela finalmente deu um espaço para eu falar, dei um jeito de dizer para ela se acalmar, que eu já iria passar para pegá-la, assim almoçaríamos em um lugar bacana. Deu certo. Fomos até um ótimo restaurante na Lagoa. Passamos uma ótima tarde e voltamos ao seu apartamento. Subi e pensei então em fazer diferente naquela tarde, como eu sabia que ela iria voltar para aquela discussão, eu antecipei o costume e soltei a frase que era sempre dela:

– Acabou que nós nem conversamos sobre o que aconteceu mais cedo! – e emendei – Você quer dizer algo?

Ela até que tentou falar educadamente, mas quando assustei já estava gritando e dizendo que eu não a respeitava. Simplesmente falei! Pra mim não dá mais, não aguento mais isso. Desci as escadas e escutei a porta bater logo após um berro dizendo que eu nunca iria encontrar alguém tão boa igual ela. Um alívio tomou conta do meu corpo.

Despedi do porteiro e ao abrir a porta do carro, escutei os pés descalços atravessando a rua. Não acreditei. Não podia ser! Após muitos dramas e ameaças de suicídio, ela se jogou dentro do carro e empacou por lá para não deixar eu ir embora. No primeiro momento eu pensei em tirar ela a força, mas a voz da minha mãe ressoou na minha cabeça me impedindo de colocar as mãos nela com aquela raiva que já estava sentindo. Então foi de súbito! Desci do carro e corri para minha casa! Correndo ela não me alcançaria! Tomei minha decisão. Depois eu buscaria o carro!

Quando liberdade do outro representa uma tristeza

Se você é homem e está rindo nesse momento dessa história fictícia, mas com a plena certeza de que as mulheres são todas loucas, saiba que histórias assim – ou talvez até piores – acontecem também tendo as mulheres como as protagonistas! Não se iluda. Algumas pessoas simplesmente não respeitam a liberdade do outro.

Vá com calma no julgamento, não estou aqui para dizer quem estava certo ou quem estava errado, se devia ou se não devia… Esse é um fragmento de uma história, mas o que eu quero chamar atenção é o fato de certas pessoas vincularem a sua felicidade e o seu bem-estar de acordo com as atitudes de outras pessoas.

Também não se sinta mal e culpado ou culpada, caso você tenha acabado de se perceber fazendo isso ou coisas semelhantes com seu namorado ou namorada, às vezes até mesmo com amigos, saiba que comportamentos assim têm um motivo e, pode acreditar, uma intenção positiva.

gatilho

 Os gatilhos da infância

Cada pessoa tem seus gatilhos particulares e talvez fique mais fácil de se perdoar ao perceber que um comportamento assim, mesmo que pareça algo absurdo, é totalmente válido para uma criança que ainda mama, por exemplo! Se ela sente fome, ela depende de alguém… Se ela sente calor, ela depende de alguém… e se ela sente náuseas? Você já sabe!

O que talvez não seja tão claro assim, é que comportamentos aprendidos ainda na infância podem ser carregados até a idade adulta sem que percebamos seus desdobramentos negativos, e mesmo que não seja tão exagerados como o da história, sutilmente podem estar minando o seu sucesso.

Por isso, algumas decisões muitas vezes simples para quem está vendo pelo “lado fora” da história, de uma maneira dissociada, podem ser extremamente complicadas para quem está envolvido emocionalmente com aquela situação. Isso pode ocorrer não só na vida a dois, mas também no trabalho, com amigos e até mesmo na relação que você tem consigo.

O namoro daquele casal por várias vezes chegou ao fim, mas Laís não se conformava em viver a liberdade de ser quem realmente ela era naquele momento, pois, assim como disse a interessante frase adaptada de Gabriela Freitas do blog Nova Perspectiva, que abriu o post de hoje: terminar um relacionamento nunca é fácil, é como chegar no final de um livro que poderia ter uma continuação maravilhosa, mas não tem. Ainda assim, pode ficar um pouco mais leve! Isso, caso você queira, caso você decida e caso busque! As ferramentas da PNL podem te ajudar significativamente nessa caminhada.

Quer saber mais? Então faz o seguinte…

Vem comigo que no caminho eu te explico!
Assinatura

 

 

 

 

2 Comments
  1. Reply AURELIA BORGES 31/08/2016 at 12:50

    Acredito que isso ocorra tanto por parte dos homens quanto por parte das mulheres, mas
    não são todas(os). Infelizmente as pessoas acham que a felicidade a gente adquire estando junto com alguem e na verdade a felicidade vem de dentro da gente, não depende
    do outro, não sei se soube explicar direito rsrs.

    • Reply Rogério Braga 31/08/2016 at 14:11

      Explicou sim, Aurélia! rsrs… É isso mesmo, existem vários níveis de maturidade e a dependência é o primeiro deles. É muito comum não perceber que se está nesse nível. Um abraço!! 😉

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